O termo malandragem define-se como um conjunto de artimanhas utilizadas para se obter vantagem em determinada situação, no caso de uma escola de samba, essa postura é adotada por uma das alas bem mais aplaudidas e apreciadas pelo público, a ala de malandros. Esse setor tem a responsabilidade de demonstrar, com carisma, lábia e muito samba no pé, as raízes e do samba e também de sua agremiação.
Na Nenê de Vila Matilde não é diferente, a escola mantém uma ala só de malandros, que além de muita elegância, esbanja simpatia e mostra no pé as verdadeiras raízes de umas das mais respeitadas escolas de samba do país. O grupo surgiu em 2014, é formado por 20 homens e ganhou espaço depois que a passista Denize Souza conquistou o presidente Mantega e o diretor Marcio Telles com o projeto da ala e conseguiu implantá-la em um dos setores da entidade.
Em pouco tempo a ala ganhou visibilidade e agregou novos rapazes para sua composição. Em 2015 o grupo fez sua estreia e passou pela avenida sem erros, com coreografias, e muita ousadia junto aos demais desfilantes.
“Investimos na cultura real do samba no pé para quem está se envolvendo no carnaval, estamos fazendo esse resgate dos malandros com intensidade, comenta Byanca Souza, assessora de imprensa e uma das responsáveis pelas alas de passistas da azul e branco.
Para o ano de 2016 os coordenadores da ala, Denize Souza, Flávio Oliveira e Higor Nin estão recrutando novos membros interessados em riscar o chão do Anhembi junto com a Nenê. Os candidatos devem procura-los na quadra e comparecer em quatro ensaios que serão respectivamente marcados. Os critérios de avaliação envolvem carisma, samba no pé, elegância. A audição oficial acontecerá no dia 12 de setembro.
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